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No topo do Monte da Pena, de onde se desfruta de um excelente panorama sobre a paisagem envolvente, ergue-se o Tholos do Barro, monumento funerário descoberto em 1909 pelo insigne arqueólogo francês Paul Bovier-Lapierre.

As escavações arqueológicas realizadas no mesmo ano identificaram um sepulcro coletivo, do tipo tholos, formado por uma câmara funerária circular, com cerca de 6 m de diâmetro, cujo acesso era feito por um corredor com uma extensão aproximada de 4 m, que se encontrava ainda fechado pela laje que lhe servia de porta.

Tholos é a designação grega para um sepulcro de planta circular com teto em falsa cúpula, de origem mediterrânica, cujo modelo chegou à península de Lisboa no IIIº milénio a. C., através de contactos marítimos. A técnica consiste numa alvenaria seca de blocos de pedra, que vão sobressaindo sucessivamente para o interior, formando uma cúpula cónica, fechada por uma laje de cobertura. Esta estrutura era depois coberta por uma mamoa de terra e pedra miúda que, no caso da Tholos do Barro, tinha cerca de 13m de diâmetro, da qual sobressaía a entrada do corredor, orientada a sul.

O reconhecimento da imponência do Tholos do Barro, um dos maiores e mais bem conservados sepulcros calcolíticos de falsa cúpula do país, levou à sua classificação como Monumento Nacional, logo em 1910. O seu espólio, constituído por ossadas humanas e por um interessante conjunto de materiais votivos, encontra-se depositado no Museu Nacional de Arqueologia.

endereço

Barro

horario

Aberto permanentemente